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As obras dos Jeronymos parecer apresentado à Commissão dos Monumentos Nacionaes em sessão de 7 de Novembro de 1895   By: (1844-1900)

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Nota de editor: Devido à existência de erros tipográficos neste texto, foram tomadas várias decisões quanto à versão final. Em caso de dúvida, a grafia foi mantida de acordo com o original. No final deste livro encontrará a lista de erros corrigidos.

Rita Farinha (Ago. 2009)

VESPERAS DO CENTENARIO

AS OBRAS DOS JERONYMOS

PARECER

Apresentado á Commissão dos Monumentos Nacionaes

Em sessão de 7 de Novembro de 1895

pelo seu Vice Presidente

LUCIANO CORDEIRO

LISBOA Typographia CASA PORTUGUEZA Papelaria 139 Rua de S. Roque 141 1895

VESPERAS DO CENTENARIO

AS OBRAS DOS JERONYMOS

PARECER

Apresentado á Commissão dos Monumentos Nacionaes

Em sessão de 7 de Novembro de 1895

pelo seu Vice Presidente

LUCIANO CORDEIRO

LISBOA Typographia CASA PORTUGUEZA Papelaria 139 Rua de S. Roque 141 1895

I

Destinada, em 28 de dezembro de 1833, a parte conventual do edificio dos Jeronymos á installação da chamada Casa Pia de Lisboa , vinte annos passados um Provedor benemerito, de quem todos nos lembramos ainda: José Maria Eugenio d'Almeida, entendeu dever acompanhar a radical reforma d'aquella instituição asylar com a das velhas e desconcertadas casarias em que ella pouco confortavelmente se alojava.

Parallelamente com as necessidades hygienicas e disciplinares do pio internado, determinava lhe o generoso impulso outra idea, não menos generosa, decerto, mas antes recebida do que germinada, talvez, n'aquelle espirito caracteristicamente pratico: a de melhor conformar e adaptar á grandesa e á feição esthetica da parte primitiva do Monumento, pelo menos o aspecto architectonico e decorativo do resto da vasta edificação.

Da extraordinaria associação d'estas ideias, mal definidas e reflectidas, então, nem mais definidas, nem reflectidas melhor até hoje, derivaram as obras que se teem ido fazendo e desfazendo desde 1863, sob as denominações improprias até ao absurdo, de «restauração» e de «reconstrucção» dos Jeronymos: tão pouco «reconstrucção» que começaram por desfazer a continuidade do Monumento; tão pouco «restauração» que demolindo grande parte do que existia, e até do que era mais que provavel que existisse desde a fundação primeira, foram essas obras ensaiando, sem estudo e por phantasia, o que não podera ser a traça e o aspecto originario, nem, em tempo algum, a fabrica integral e harmoniosa do edificio na sua intenção e na sua significação singular.

Disparatavam, irrecusavelmente, desde a rasão e inspiração inicial, os dois objectivos que se pretendia fazer mais do que paralellos, convergentes, á força de engenho e sem olhar a despesas: o de uma installação asylar para um milheiro de creanças orphanadas e desvalidas, e o de uma suposta restituição artistica da grandiosa e historica construcção em que continuasse a habitar e a affirmar se a idea que n'ella fundira a fé e a arte nacional no seculo XVI.

Mas desde o começo se aggravou, ainda, esta manifesta irreflexão e inaptidão de propositos, no impeto indisciplinado, e depois na malograda teimosia da execução.

Podera suppôr se, creio até que muita gente suppõe, realmente, que o Monumento se achava truncado ou ficara incompleto; que nada mais existia do que o Templo, ou que além d'elle, n'essa extensa linha de fachada onde principalmente se teem feito e desfeito as obras , sómente existiriam, quando ellas começaram, ruinas incaracteristicas, dispersas, inuteis.

Tal não era, porém.

Independentemente de muitas outras memorias graphicas ao alcance de todos, ha juncto da collecção de documentos que supre ou representa o processo official das construcções novas, um desenho de planta e alçado immediatamente anterior á iniciação d'ellas em 1863.[1]

Essa iniciação consistiu, até, em demolir a maior parte do que existia a occidente do Templo, em natural continuação d'elle, e o que existia era o complemento, a conclusão original, necessaria, historica do Monumento: o Mosteiro... Continue reading book >>




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