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Continuação do Portugal enfermo por vicios, e abusos de ambos os sexos By: José Daniel Rodrigues da Costa (1757-1832) |
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PORTUGAL ENFERMO POR VICIOS, E ABUSOS DE AMBOS OS SEXOS. PART. II DEDICADO AO SENHOR JOSÉ LUIZ GUERNER, CONSUL DE S. M. SICILIANNA, POR JOSÉ DANIEL RODRIGUES DA COSTA, ENTRE OS PASTORES DO TEJO JOSINO LEIRIENSE LISBOA: NA IMPRESSÃO REGIA. ANNO 1820 Com Licença. Em louvor do Autor, hum Genio dado ás Musas, bem conhecido, e muito applicado, mandou o seguinte MADRIGAL. Musa, (disse eu á gentil Clio hum dia) Pois que ao jovial Josino A palma déste da immortal Poezia, Mimoso Dom Divino, Com que louva a virtude, o vicio prostra, E aponta as causas, e os effeitos mostra Da decadencia nossa; Dá me tambem, que eu possa, Cantando o Vate, que do Ceo nos veio... «Basta (me torna Clio); Suas obras, e não louvor alheio, São o seu Elogio.» Campelo. Chama se a isto hum PROLOGO. Curioso Leitor, ou Ouvidor, que não te escandalizo neste segundo nome, porque tambem he de lugar de letras, consta este Folheto da Segunda Parte de Portugal Enfermo por vicios, e abusos: continúa na mesma critica, na mesma boa moral, e com a costumada jovialidade. Mas se ainda assim mesmo achares este Folheto sem sal, dá lhe alguma desculpa; porque foi acabado agora, e por isso vai muito fresco. Primeiro que o publicasse, fui consultar (como costumo em todas as minhas Obras, seguindo o preceito dos nossos antigos Mestres) com talentos superiores aos meus, judiciosos, e de bom criterio, que com sinceridade me asseverárão que este Folheto levava vantagem ao primeiro. Si ita est, fiat. Não passárão de quatro até cinco genios mordazes, que não lhe podendo pôr outro defeito, forão publicando que a Obra não era minha, a ver se isto pegava, como pegou a moda do Tiro liro por toda a parte. Ora vejão Vossas Mercês, pelo amor de Deos, que tal ficaria eu quando mo disserão! A Obra não será minha; mas o primeiro Folheto imprimio se, e reimprimio se, e eu recebi o producto de mil e quinhentos Folhetos. Talvez que estes individuos campem melhor no público com cavallos emprestados, trastes, e dinheiros alheios, do que eu com versos de outrem! Nunca fui plagiario; antes os tenho encontrado de obras minhas: e desde a primeira, que imprimi, que foi a Obra dos Opios, ainda não mudei de estilo; porque me não acho com forças, para imitar os Guindados do tempo. Leitor, o primeiro paragrafo pertence te, o segundo pertence aos quatro, ou cinco Ruminadores, que com caracter de mal intencionados Zoilos, mastigão toda a qualidade de papel, como fazem os que enjoão pelo mar: e diz muita gente boa ser isto hum remedio contra os enjôos; o que eu dou quasi por certo, porque já o vi verificado em varias Senhoras, que são as que enjôão no mar com mais facilidade. Aqui acabou o Prologo de repente. Coitado! Ainda ha pouco tempo estava de perfeita saude! Que não somos nada neste mundo, este Prologo o prova; porque, tambem na minha estimação, tornou se em nada, e foi se sem se despedir no Latino idioma, como os outros Prologos fazem talvez por não entender mais. Agora, Leitor, com ingenuidade dirás se a Obra em si alguma cousa Vale em Portuguez. PORTUGAL ENFERMO PELOS VICIOS, E ABUSOS. Não sou Poeta de palavras crespas, Com que alguns dão picadas, como vespas: E no zunzum de termos exquisitos, Só fazem o zunido dos mosquitos Não escrevo por cifra, nem por cetra, Nem sei fallar, senão ao pé da letra... Continue reading book >>
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