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Elogio Historico do Conde de Ficalho By: Eduardo Burnay |
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DO CONDE DE FICALHO LIDO NA SESSÃO SOLEMNE DA ACADEMIA REAL DAS SCIENCIAS DE LISBOA EM 25 DE MARÇO DE 1906 PELO SOCIO EFFECTIVO EDUARDO BURNAY LISBOA
Por ordem e na Typographia da Academia
1906
EXTRACTO DA Historia e Memorias da Academia Real das Sciencias de Lisboa,
nov. ser., Classe de Sciencias Moraes, etc. TOMO XI PARTE I
SENHORA E EXCELSA RAINHA ALTEZA REAL ILLUSTRES CONFRADES MINHAS SENHORAS E MEUS SENHORES:
A Academia em sessão solemne, e como que na presença de seu Regio
Presidente e Protector, pois que impedido de comparecer, por motivo
felizmente destituido de gravidade, se acha para todos gratamente
representado por Vossa Magestade e por Vossa Alteza Real a Academia
entende prestar hoje a homenagem em divida a um dos seus mais distinctos
e assignalados membros o fallecido socio Francisco de Mello, 4.º Conde
de Ficalho. Se attendermos a que tendo elle estado n'esta Academia inscripto na sua
1.ª Classe e incorporado na Secção de sciencias historico naturaes, como
especial cultor do ramo botanico, que distinctamente professou na nossa
Escola Polytechnica, a quem mais directamente caberia officiar n'esta
solemnisação seria ao nosso preclaro collega D. Antonio Xavier Pereira
Coutinho, que ao Conde de Ficalho succedeu na cadeira de Botanica. Não tendo sido possivel arrancal o ao seu conhecido retraimento, filho
de uma imperiosa e irresistivel modestia na grandeza só comparavel á do
seu realissimo merito na verdade, qualquer socio d'esta Academia, sem
distincção de classe, poderia assumir a tarefa, visto que o Conde de
Ficalho, á semelhança de Latino Coelho e de Corvo, illustradissimo em
quasi todos os ramos da sciencia, foi tambem, mais do que simples cultor
de boas lettras, escriptor consummado. É assim que, como a qualquer outro poderia caber, sou n'este momento o
porta voz da Academia na glorificação do seu fallecido socio, sem outro
especial motivo que não seja, para mim, a razão... academica, de que
tendo elle, botanico, feito um dia n'esta mesma sala o elogio do
chimico Antonio Augusto de Aguiar, a Chimica estaria de certa maneira em
divida para com a Botanica...... É artificiosa esta invocação de um Deve e Ha de Haver em materia de
panegyricos academicos? Será. Mas amplamente corrigida fica pelo veridico, sincero, nada
artificioso sentimento, que tão grato me torna prestar aqui, em nome
collectivo, a um collega desapparecido, a homenagem do apreço e
admiração que em vida todos lhe consagravamos, e que para mim se radicou
em vinte annos de excellente camaradagem escolar.
O justo elogio do Conde de Ficalho surgiu, pode dizer se immediato, por
occasião do seu fallecimento, em todos os orgãos da imprensa, pois com
elle desapparecera uma das personalidades de maior notoriedade da
sociedade portugueza na ultima metade do seculo passado. A sua complexa e brilhante individualidade pôl a, tambem brilhantemente,
em elegante relevo o elogio proferido em outro logar pelo Conde de
Arnoso[1], e na Tradição [2], interessante publicação, a que o nosso
consocio muito queria, e que viu a luz em Serpa, antiga villa solar da
Casa de Ficalho, um numero especial de homenagem lhe foi consagrado, com
a collaboração de Ramalho Ortigão, D. Antonio Xavier Pereira Coutinho,
Theophilo Braga, Conde de Sabugosa, Sousa Viterbo, e outros distinctos
ornamentos da sciencia e das lettras portuguezas... Continue reading book >>
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