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Flores do Campo By: João de Deus (1830-1896) |
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Foram corrigidos pequenos erros de impressão, sem que seja feita qualquer nota dessa correcção, visto que em nenhum dos casos a correcção altera o significado do texto. Para facilitar a identificação de cada poesia nesta edição electónica, foi adicionado o seguinte marcador como divisão entre elas: FLORES DO CAMPO A propriedade d'este livro pertence, no Brazil, ao snr. Joaquim Augusto da Fonseca. João de Deus FLORES DO CAMPO 2.ª EDIÇÃO CORRECTA PORTO LIVRARIA UNIVERSAL de Magalhães & Moniz, Editores 12 Largo dos Loyos 14 1876 PORTO: 1876 TYP. DE A. J. DA SILVA TEIXEIRA 62, Cancella Velha, 62 A POESIA EMBLEMA Camões e Byron Scepticismo e Crença Vem d'alto gozar, lirio! Noite estrellada e tepida; A vista ao céo intrepida Lança, penetra o Empyreo. Dilata os seios tumidos; Larga este terreo albergue; Nas azas d'alma te ergue; Ergue os teus olhos humidos Que vês? Soes, de tal sorte Que os crêra tochas pallidas, Quando as guedelhas, madidas De sangue, arrasta a morte. Transpõe n'os; que, elevando te, Por cada um d'aquelles, Milhões e milhões d'elles Verás alumiando te. Ávante pois, acima Dos soes d'uma luz tremula; Alma dos anjos emula! Deus o teu vôo anima. Que vês? Um vacuo eterno. E n'elle? Em ermo tumulo, Em ignea letra (cumulo D'horror) Byron o inferno. Foge. O horror fascina me. São reprobos que exhalam Horridos ais que abalam O inferno: oh Deus! anima me. Escuta os. Escutemol os. Como elles bramem, rugem, E o espaço uivando estrugem... Gelam se os membros tremulos. Entra. Não posso. Arromba. Prohibem m'o. Subleva te. Prohibe o Deus. Eleva te. Acima, ingenua pomba! Que vês? A luz clareia me. Que céo, que azul ethereo! Oh extasi, oh mysterio! Sobeja a vida, anceia me. Falla. Deus! que harmonia! Aqui a alma exalta se; A alma aqui dilata se... Camões! É a poesia. Coimbra. A UMA CARTA ANONYMA Não sabe a flôr quem manda a luz do dia, Nem quem lhe esparge o nectar que a deleita Ao vir raiando a aurora, E ella agradece as lagrimas que aceita, E ella as converte em balsamos que envia Ao mysterio, que adora. LAMARTINE. Coimbra. DUAS ROSAS Que bonita, meu amor! Que perfeita, que formosa! A ti pozeram te Rosa, Não te fizeram favor. A rosa, quem ha que a veja Bandeando, sem gostar? Mas por mais linda que seja A rosa, quando se embala, Não te ganha nem iguala A ti em indo a andar. A rosa tem linda côr, Não ha flôr de côr mais linda; Mas a tua côr ainda É mais fina e é melhor. Murcha a rosa (que desgosto!) Só de lhe a gente bulir; E essas rosas do teu rosto É em alguem te tocando Que parece mesmo quando Ellas acabam de abrir. Cheiro, o da rosa, esse não, Não é mais do meu agrado, Que o teu bafo perfumado, A tua respiração. Depois a rosa em abrindo Vai se lhe o cheiro tambem: A tua bocca em te rindo Só o bom cheiro que exhala... E quando fallas, a falla, Isso é que a rosa não tem. Ella o que tem, meu amor? O cheiro, a côr e mais nada. Confessa, rosa animada! Que és outra casta de flôr. Os olhos só elles valem Duas estrellas, bem vês; Pois vozes que a tua igualem Na doçura, na pureza, Na terra, não, com certeza; Agora no céo, talvez. Não ha assim perfeição, Não ha nada tão perfeito, Mas é um grande defeito O de não ter coração... Continue reading book >>
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