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José Estevão (Edição do centenario) By: Eduardo de Sousa |
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José Estevão (Edição do centenario) Livraria Moreira Editora Porto 1909 Eduardo de Souza José Estevão (Edição do centenario) Livraria Moreira Editora Porto 1909 Typographia a vapor de Arthur José de Souza & Irmão 66. Largo de S. Domingos, 67 QUINZE ANNOS DEPOIS Passa o primeiro centenario de José Estevão e a sua terra natal celebra lhe com festivaes a commemoração de gloria. Era do seu dever. Era de honra sua. Eis porque tambem sahe agora a lume a reproducção segunda d'essas sinceras e desataviadas palavras que uma vez, por occasião das ultimas festas commemorativas do grande tribuno, o signatario d'este opusculo teve ensejo de pronunciar no Theatro Aveirense. Foi no radioso e, para elle, inolvidavel sarau de 13 de agosto de 1894, tão cheio de galas e d'esplendores, e em que a unica nota discordante, gentilmente perdoada pela benevola assistencia, foi precisamente devida á palavra pallida e sem louçanias do ephemero e arrojado orador que alli appareceu nem elle já se lembra bem como! a dizer de José Estevão e da sua grande eloquencia. É, pois, esta reedição, agora que passa o centenario do tribuno, do mesmo passo que uma opportuna homenagem, como que tambem uma especie de publicação posthuma feita por quem, como orador, ha muito já se deu por definitivamente morto. Sobre o seu nome oratorio, fruste e fugaz, cahiu com justiça e, porventura, com piedade, a irremovida, a grossa, a pesada terra do esquecimento. Felizmente para elle! Felizmente para os outros! Todavia, se requintes litterarios e movimentos oratorios, como conspicuamente se dizia nos bons tempos em que o ominoso e erudito Figueiredo coimbrão dos «Logares Selectos» empunhava com gravidade a férula didactica de canonista supremo em coisas de eloquencias e de rhetoricas, não caracterisam nem valorisam a parlenda que adeante se reproduz, tem ella, no emtanto, o merito unico da sinceridade na emoção e do desassombro nas affirmações que contém. Porque, se para o orador foi um acto de audacia, só desculpavel pela temeridade da juventude, apresentar se a fallar em publico no logar e nos termos em que fallou, não foi menos um ousado gesto de coragem civica abalançar se a dizer o que disse e quando o disse em plena dictadura Hintze Franco com a aggravante de pouco tempo ser volvido ainda sobre o sangrento e mallogrado movimento politico do Porto que o arrastara ao pretorio, e do pretorio á prisão. Demais era elle um alumno militar e, como tal, sujeito a regulamentos especiaes, aliás então bem mais benignos do que esses outros, verdadeiramente draconianos, que ora para ahi vigoram como doutrina legal. Eis aqui os titulos pelos quaes essas paginas que adeante vão impressas ainda hoje são muito gratas ao auctor, e o principal motivo porque elle as reedita, concorrendo assim mais uma vez com o seu modesto tributo para a glorificação do portentoso tribuno liberal. Publicadas pouco depois em opusculo, completamente esgotado e esquecido já, essas paginas, desvaliosas como são e como desvalioso ao tempo era e ainda hoje é o seu auctor, nem por isso a dictadura d'então deixou de procurar molestal o, sob a falsa denuncia official , d'elle haver proferido o seu discurso, se assim se lhe póde chamar, n'um... comicio republicano! Por esse motivo foi elle chamado a Lisboa á presença do Commandante Geral da Armada, era assim que então se dizia o vice almirante Baptista d'Andrade que, depois de o ouvir, o mandou tranquilla e amavelmente em paz, quando se inteirou de que o «feroz tribuno» para o qual se lhe insinuavam as fulminações das suas reprimendas ou procedimento mais grave ainda, se limitara, no pleno uso do seu direito e sem aggravo da disciplina, a tomar parte n'um sarau litterario musical promovido por uma commissão de que era presidente o governador civil de Aveiro e ao qual este mesmo presidira, sendo até, por signal, o primeiro a felicitar calorosamente o orador pelo seu discurso, sem duvida impulsionado n'esse acto cortez mais por um requinte de benevola gentileza, do que por quaesquer problematicos meritos oratorios que n'elle vislumbrasse... Continue reading book >>
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