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Memória sobre a plantação dos algodões e sua exportação sobre a decadencia da lavoura de mandiocas, no termo da villa de Camamú, Comarca dos Ilhéos, Governo da Bahia   By:

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Nota de editor: Devido à quantidade de erros tipográficos existentes neste texto, foram tomadas várias decisões quanto à versão final. Em caso de dúvida, a grafia foi mantida de acordo com o original. No final deste livro encontrará a lista de erros corrigidos.

Rita Farinha (Jan. 2010)

PLANTAÇÃO DOS

ALGODÕES

J. S. Bettencourt

MEMORIA SOBRE A PLANTAÇÃO DOS ALGODÕES.

MEMORIA SOBRE A PLANTAÇÃO DOS ALGODÕES,

E sua exportação; sobre a decadencia da Lavoura de mandiocas, no Termo da Villa de Camamú, Comarca dos Ilhéos, Governo da Bahia,

APPRESENTADA, E OFFERECIDA

A SUA ALTEZA REAL O PRINCIPE DO BRAZIL NOSSO SENHOR, POR JOSÉ DE SÁ BETENCOURT,

Bacharel Formado pela Universidade de Coimbra: e actualmente encarregado em exames de Historia Natural na Capitania da Bahia; &c.

ANNO. M. DCC. XCVIII.

Na Officina de Simão Thaddeo Ferreira.

SENHOR.

Eu tenho a honra de apresentar a V. A. R. o breve resumo das minhas poucas observações sobre a plantação dos Algodões, sua exportação; e tambem das causas da decadencia da lavoura de mandiocas no termo da Villa de Camamú, que olhadas por V. A. R., Pai commum, será a dita lavoura dos Algodões hum dos maiores ramos do nosso Commercio para felicidade da Nação, e riqueza da Capitania da Bahia, onde a Natureza tem depositado os Thesouros, de que só he capaz a sua liberalidade.

Espero que V. A. R. haja de acolher com a grandeza do seu Real Coração os bons desejos, que tenho, do serviço de V. A. R., da felicidade do Paiz, e augmento da Nação, no breve discurso, que tenho a honra de apresentar a V. A. R. de quem sou com o maior respeito, e veneração

Vassalo obediente

José de Sá Betencourt .

A Terra, mais rica na sua superficie, que nas suas entranhas, serve de theatro á Sábia Natureza, que a renova todos os dias, com as suas producções; fazendo succeder por meio das differentes, e multiplicadas sementes outras tantas especies de vegetaes, que cobrem a superficie do nosso Globo, e fazem a felicidade dos seus habitantes. Ella reparte com grande sabedoria os seus dons, e faz que se propaguem sobre os differentes terrenos, que lhes são proprios, já pela qualidade do seu humus, já pela natureza do clima, sem que a destra mão do Agricultor os possa fazer propagar á sua vontade: assim vemos, que as plantas da Europa com difficuldade se propagão em beiramar do Brazil; e algumas que á força de trabalho crescem, e propagão, a sua producção he debil, e sem que os Lavradores possão tirar as vantagens, que se tirão na Europa, como vemos, e se observa na vinha, que mal satisfaz a curiosidade do cultivador, sem que a producção corresponda ao trabalho.

Outras, que vegetão, e não propagão, como a oliveira, &c. outras de tal sorte amantes do seu paiz, que não vegetão, nem propagão.

O mesmo, que observamos nas plantas da Europa, cultivadas no Brazil, se observa nas plantas deste levadas para a Europa, que só vivem em cazas de vidraças, subministrando se lhes com estufas o calor, que lhes he necessario para a sua vegetação.

O Agricultor póde modificar o terreno, fazendo o mais ou menos gordo, mais ou menos poroso, appropriando o á natureza da sua lavoura, mas não o clima em grande, que influe na maior parte da vegetação.

Eu não me canço em referir as differentes observações dos Filosofos, para provar, que o clima influe mais na vegetação, do que a terra, por ser esta materia huma, e muitas vezes discutida, e provada; porque sendo a terra a mesma em toda a parte, e susceptivel de receber as modificações do Agricultor, vemos que ha grande difficuldade em se fazer propagar as plantas de differentes climas transplantadas; e ainda que saibamos, confórme os verdadeiros princípios de Agricultura, e de Chymica, que a terra he o meio, no qual se faz a germinação, e que não serve só de laboratorio, confórme o Abbade Tessier aos succos, que lhes são destinados; mas que entra tambem em grande parte na sua composição, seja ella attenuada do modo, que for, o que ainda existe nos occultos segredos da Natureza, que o homem não póde perceber, o que se conhece pelo residuo dos vegetaes queimados; com tudo outras muitas experiencias próvão, que o ar he muito necessario para a perfeita vegetação, e que entra em grande parte na sua composição... Continue reading book >>




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