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Noções elementares de archeologia   By: (1806-1896)

Book cover

First Page:

NOÇÕES ELEMENTARES

DE

ARCHEOLOGIA

OBRA ILLUSTRADA COM 324 GRAVURAS

E

UMA INTRODUCÇÃO

Do Sr.

I. DE VILHENA BARBOSA

Socio Effectivo da Academia Real das Sciencias

DEDICADA Á MEMORIA DO ILLUSTRE ARCHEOLOGO

MR. A. DE CAUMONT

por

JOAQUIM POSSIDONIO NARCISO DA SILVA

Architecto da Casa Real, Socio correspondente do Instituto de França, Honorario do Instituto Real dos Architectos Britannicos, da Sociedade Franceza de Archeologia, da Sociedade Central dos Architectos de Paris, correspondente da Academia Real de S. Fernando, fundador do Museu de Archeologia em Lisboa, etc. etc. etc.

MEDALHA DO CONGRESSO ARCHEOLOGICO DE LOCHES CONFERIDA NA SUA SESSÃO DE JUNHO DE 1869

LISBOA

LALLEMANT FRÈRES

6, Rua do Thesouro Velho, 6

1878

A SUA ALTEZA REAL

O SERENISSIMO PRINCIPE

D. Carlos Fernando Pedro d'Alcantara

DUQUE DE BRAGANÇA

Com a mais respeitosa homenagem

O. D. C.

O humilde auctor d'este compendio

JOAQUIM POSSIDONIO NARCISO DA SILVA.

INTRODUCÇÃO

I

Não conheceram os povos da antiguidade a archeologia, pelo menos como uma sciencia. Foi ignorada dos proprios gregos e romanos, não obstante a sua brilhante civilisacão, e apezar dos primeiros lhe terem creado o nome, composto de dois vocabulos seus: archaios , que quer dizer antigo, e logos discurso. E tanto a desconheciam, confundindo a com a historia, que alguns escriptores gregos e israelitas do principio da era christã, deram o nome de archeologia a obras que tratavam simplesmente da historia de povos, embora desde tempos remotos, ou que se occupavam de antiguidades, mas limitando se a descreverem os monumentos, sem entrarem nas apreciações e conjecturas, que levam o archeologo ao conhecimento do viver dos povos da antiguidade.

Os generaes romanos, quando voltavam d'essas emprezas guerreiras que accrescentavam ao imperio novas provincias, traziam mil objectos preciosos, variadissimas manifestações da arte e da industria dos vencidos, curiosos utensilios e ricos ornamentos em marmore, bronze, prata e oiro, obra de diversos povos, e differentes seculos. Pois os romanos applaudiam e apreciavam essas preciosidades, que vinham enriquecer a sua capital, constituindo a um verdadeiro museu archeologico, apreciavam n'as, repito, sómente como despojos arrebatados aos vencidos pelas suas aguias triumphantes, como tropheus de victorias, que glorificavam o seu nome, e estendiam o seu poderio.

Nem os vasos sagrados do templo de Jerusalem, preciosos pela materia e ricos de tradições antiquissimas; nem os obeliscos do Egypto, padrões de tão remotas eras; nem as famosas estatuas da Grecia, sublimes creacões do genio humano em uma das quadras mais notaveis da historia geral da civilisacão; nem estes, nem outros objectos archeologicos e primores d'arte, que eram transportados a Roma a todo o momento, nos tempos da sua grandeza, faziam meditar os romanos sobre as extinctas civilisações, que muitos d'esses objectos recordavam, com o intuito de devassarem os mysterios da vida d'essas nações, sumidas nos abysmos do passado.

Pausanias, geographo e historiador grego que, nas suas longas viagens, visitou a maior parte do mundo então conhecido, vindo depois estabelecer a sua residencia em Roma, no anno 170 do nascimento de Christo, escreveu a Descripção da Grecia , na qual trata com minuciosidade de todos os seus monumentos. Porém limita se a descrevel os como historiographo, sem os estudar e apreciar como archeologo.

Baqueou o imperio romano ao duro embate dos barbaros do norte; e o mesmo tufão, que o varreu da face da terra, apagou aquelle facho resplandecente, que irradiava a luz da civilisacão para todas as regiões do orbe antigo, onde chegavam as armas da soberba Roma.

Succederam se, portanto, a tamanho explendor as mais crassas trevas da ignorancia e da barbaridade, em que a Europa esteve mergulhada durante seculos, até que emfim raiou a aurora da regeneração social, renascendo as letras e as artes... Continue reading book >>




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