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O desastre de Lisboa em 1755: poesia By: Augusto de Oliveira Cardoso Fonseca (1842-1917) |
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8 DE MAIO DE 1882 O DESASTRE DE LISBOA EM 1755 POESIA POR A. d'Oliveira Cardoso Fonseca LISBOA TYPOGRAPHIA CASTRO IRMÃO 31 Rua da Cruz de Pau 31 1882 O DESASTRE DE LISBOA TIRAGEM ESPECIAL 30 exemplares numerados Em papel Japão, n.^os 1 a 12......... 1$200 Em papel Whatman, n.^os 13 a 30...... $600 CENTENARIO DO MARQUEZ DE POMBAL 8 DE MAIO DE 1882 O DESASTRE DE LISBOA EM 1755 POESIA POR A. d'Oliveira Cardoso Fonseca LISBOA TYPOGRAPHIA CASTRO IRMÃO 31 Rua da Cruz de Pau 31 1882 ..............contempléz ces ruines affreuses, Ces débris, ces lambeaux, ces cendres malheureuses, Ces femmes, ces enfants, l'un sur l'autre entassés Sous ses marbres rompus, ses membres dispersés. VOLTAIRE, Poëme sur le desastre de Lisbonne. O DESASTRE DE LISBOA I Tornou se escuro o céu, sol não se via; Medonha tempestade se formava; O solo, se gretando, estremecia E n'um abysmo grande se tornava! Lisboa nunca viu tão triste dia; Perdida toda a gente se julgava; As casas, sacudidas, oscilavam E pelo gran' tremor se esmoronavam! II O cataclismo nada respeitava; Palacios, templos, casas destruia, E nos tristes destroços abysmava Os miseros que n'elles envolvia. Uma desgraça tal ninguem poupava Á grande mortandade, que fazia: E sob as cantarias deslocadas As gentes expiravam sepultadas. III Em mui breves momentos... a cidade O mais lugubre quadro apresentava. Os habitantes, cheios d'anciedade Que tamanho terror lhes inspirava E de Deus supplicando, em vão, piedade, Fugiam para a rua, onde reinava Na triste, apavorada multidão A mais indiscriptivel confusão. IV Abandonando as casas procuravam Immersos não ficarem nas ruinas: Mas, aquelles que d'ellas escapavam, Sob o ferro das gentes assassinas, Que d'essa confusão se aproveitavam, Nas ruas saqueando almas ferinas! , Succumbiram; que o ferro lhes tirava Vida, que o terremoto respeitava. V E, qual mimosa flor desabrochada Que cuidadoso trata o jardineiro Por aspero tufão sendo açoutada Barbaramente, perde a côr e o cheiro, E sobre a tenra haste já quebrada Vai definhando, e morre no canteiro; Assim as creancinhas, que perdidas Das mães estavam, eram consumidas. VI E, como se uma tal desolação A flagello das gentes não bastasse, Bandidos houve que com impia mão E para que o terror se accrescentasse N'esta já desditosa occasião, Um incendio atearam que queimasse, Nas devorantes chammas que nutriam, As casas que aos abalos resistiam. VII Que perversos instinctos, vis, horriveis Alimentavam peitos tão malvados!... Esses torpes facinoras, temiveis, Dos negros calabouços escapados; Do infortunio ás vozes insensiveis, Sem dó nem compaixão dos desgraçados, Que attonitos nas ruas encontravam, Os mais horrendos crimes practicavam. VIII Esses profugos, todos criminosos E talvez nas masmorras pervertidos; Homicidas, ladrões industriosos Que não estão do vicio inda esquecidos; D'entre ferros sahindo furiosos, Por toda a parte correm atrevidos, O terror augmentando na cidade Que entregue fica á sua impiedade. IX Dos destroços que as ruas impediam, E centos de cadaveres juncavam, Dilacerantes gritos se partiam Dos feridos que n'elles se encontravam, E lugubres gemidos se sentiam Dos que em terriveis ancias expiravam! Outros emfim, correndo desesp'rados, Ao Tejo se lançavam. Malfadados!... X Mas de repente um vulto grandioso, De excessivo talento e arrojado, Da patria pelo amor tão orgulhoso, Por tantas vezes já por si mostrado; Tantas victimas vendo, pressuroso Tratou de castigar tanto malvado, E com duras medidas que adoptou O negro vandalismo terminou; XI E, com essa energia portentosa De que dotado foi tão largamente, O estadista de fama gloriosa Que á patria lembrará eternamente, A do Tejo rainha tão formosa Reedificar consegue brevemente... Continue reading book >>
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