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Sol de Inverno ultimos versos : 1915 By: António Joaquim de Castro Feijó (1859-1917) |
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OBRAS POÉTICAS, COMPLETAS DE ANTONIO FEIJÓ Sacerdos Magnus , 1881. Transfigurações , 1882. Lyricas e Bucolicas , 1884. Cancioneiro chinês , 1903 (2.^a edição). Ilha dos Amores , 1897. Bailatas , 1907. Sol de Inverno , 1922. Novas Bailatas , no prelo. Nota: As Bailatas foram publicadas sob o pseudónimo de Ignacio de Abreu e Lima . [Figura: Antonio Feijó] ANTÓNIO FEIJÓ Sol de Inverno ULTIMOS VERSOS (1915) Livrarias AILLAUD e BERTRAND PARIS LISBOA 1922 Tip. do Anuário Comercial Praça dos Restauradores, 24 Lisboa PREFACIO I Com o Sol de Inverno , que, n'este volume, vê a luz da publicidade, e com as Novas Bailatas , que vão entrar no prelo, a obra poetica de Antonio Feijó encerra se por duas magnificas affirmações do seu alto, delicado e gentilissimo talento. A sua Musa emmudece para sempre. A sua lyra quebra se. Esses dois livros posthumos são o seu harmonioso canto do cysne... É um grande poeta e um grande artista do verso que dizem o supremo adeus á sua arte, exercida com tanta paixão e tanta nobreza! Esses livros deixou os o Auctor dispostos, coordenados, paginados, revistos minuciosamente, para os fazer imprimir. A morte permittiu lhe, ao menos, cuidar d'esse legado valioso e opulento, que ia testar á litteratura patria. Quando ella o surprehendeu, a 20 de junho de 1917, o trabalho estava acabado. Mas o mundo ardia em guerra. A Europa era um campo de batalha gigantesco em que os povos, como os Titans da gigantomachia do mytho hellenico, luctavam braço a braço, trucidando se em torrentes de sangue. As communicações entre a Suecia, onde Feijó fallecera, no seu posto diplomatico, e Portugal, estavam quasi cortadas. Os preciosos e insubstituiveis originaes não podiam ser confiados a transportes aventurosos, a correios irregulares e incertos, ás suspeitas da censura dos belligerantes, aos riscos dos torpedeamentos maritimos. Foi preciso que a paz se fizesse emfim e, com ella, a ordem e a normalidade da vida internacional começassem a restabelecer se n'esta convulsionada Europa, para que o espolio litterario de Antonio Feijó pudesse vir com segurança para Portugal, trazido pelas mãos dos seus proprios filhos. A mim, seu velho companheiro e camarada, a elle ligado, desde os dezoito annos, pela mais fraterna amizade, foi confiado o encargo de superintender na publicação d'esses livros e de a preceder de algumas palavras em que se esboce o perfil do Auctor e se ponham em justo relevo os meritos eminentes da sua bella obra. Encargo, ao mesmo tempo doloroso e grato, em que, á profunda saudade do querido amigo morto, se juntou o enlevo espiritual de me absorver nas altas emoções estheticas que a leitura d'esses dois livros tão intensamente me fazia sentir! Com que doce melancholia, com que piedoso recolhimento, com que commovida curiosidade, com que alvoroçado interesse eu folheei os dois originaes, copiados á machina, mas, quasi a cada pagina, emendados pela sua lettra, com os offerecimentos aos seus amigos traçados pelo seu punho, com os appendices, em que se archivavam os juizos criticos das suas obras anteriores, por elle proprio coordenados! Era o seu espirito que, d'essas frias regiões scandinavas, para onde os azares da vida haviam exilado esse meridional de tão viva e ardente imaginação, era o seu espirito que de lá nos vinha n'essas paginas, palpitantes de emoção lyrica, sonoras de rythmos musicaes e de rimas harmoniosas, todas refulgentes do esplendor das imagens e da pureza plastica d'uma forma impecavel! Esse dom de immortalidade espiritual, de revivescencia dos mortos na memoria das suas altas acções ou no esplendor das suas grandes obras, senti o, n'essa hora, tão profundamente, que o meu coração, por momentos, se hallucinava, dando se a illusão de que era o proprio poeta que me estava recitando as suas ultimas poesias, n'aquella dicção perfeita que tanto fazia realçar as qualidades do seu verso! Era com a sua alma que eu estava em contacto tambem, com a sua alma nos derradeiros annos da sua vida, porque, n'esses livros, havia muito dos seus affectos, dos seus pensamentos intimos, das suas alegrias e esperanças, das suas mágoas, da suas torturas, das suas dolentes nostalgias... Continue reading book >>
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