Books Should Be Free Loyal Books Free Public Domain Audiobooks & eBook Downloads |
|
A Velhice do Padre Eterno By: Abílio Manuel Guerra Junqueiro (1850-1923) |
---|
![]()
Rita Farinha (Nov. 2007) GUERRA JUNQUEIRO A VELHICE DO PADRE ETERNO EDITORA LIVRARIA MINERVA LISBOA GUERRA JUNQUEIRO A VELHICE DO PADRE ETERNO EDITORA LIVRARIA MINERVA LISBOA Á MEMORIA DE Guilherme D'Azevedo A Eza de Queiroz INDICE Aos simples 9 A vinha do Senhor 17 A Caridade e a Justiça 25 O Papão 30 Parasitas 31 Resposta ao Sillabus 33 O Baptismo 37 Eurico 38 A Arvore do Mal 39 A Semana Santa 43 A Barca de S. Pedro 61 Ladainha 63 Como se faz um monstro 65 Calembour 70 A agua de Lourdes 71 Antonelli 73 O Dinheiro de S. Pedro 75 Ao nuncio Masella 77 Ladainha moderna 85 O Melro 89 Circular 103 A benção da locomotiva 109 A Hidra 111 A Valla commum 113 A Sésta do senhor abade 127 O Genesis 142 Fantasmas 145 Post Scriptum 149 AOS SIMPLES Ó almas que viveis puras, immaculadas Na torre do luar da graça e da illusão, Vós que ainda conservaes, intactas, perfumadas, As rosas para nós ha tanto desfolhadas Na aridez sepulchral do nosso coração; Almas, filhas da luz das manhãs harmoniosas, Da luz que acorda o berço e que entreabre as rosas, Da luz, olhar de Deus, da luz, benção d'amor, Que faz rir um nectario ao pé de cada abelha, E faz cantar um ninho ao pé de cada flor; Almas, onde resplende, almas, onde se espelha A candura innocente e a bondade christã, Como n'um céo d'Abril o arco da alliança, Como n'um lago azul a estrella da manhã; Almas, urnas de fé, de caridade, e esp'rança, Vasos d'oiro contendo aberto um lirio santo, Um lirio immorredoiro, um lirio alabastrino, Que os anjos do Senhor vem orvalhar com pranto, E a piedade florir com seu clarão divino; Almas que atravessaes o lodo da existencia, Este lodo perverso, iniquo, envenenado, Levando sobre a fronte o esplendor da innocencia, Calcando sob os pés o dragão do peccado; Bemdictas sejaes, vós, almas que est'alma adora, Almas cheias de paz, humildade e alegria, Para quem a consciencia é o sol de toda a hora, Para quem a virtude é o pão de cada dia! Sois como a luz que doira as trevas d'um monturo, Ficando sempre branca a sorrir e a cantar; E tudo quanto em mim ha de bello ou de puro. Desde a esmola que eu dou á prece que eu murmuro É vosso: fostes vós o meu primeiro altar. Lá da minha distante e encantadora infancia, D'esse ninho d'amor e saudade sem fim, Chega me ainda a vossa angelica fragrancia Como uma harpa éolia a cantar a distancia, Como um véo branco ao longe inda a acenar por mim! .................................................. .................................................. .................................................. Minha mãe, minha mãe! ai que saudade immensa, Do tempo em que ajoelhava, orando, ao pé de ti. Cahia mansa a noite; e andorinhas aos pares Cruzavam se voando em torno dos seus lares, Suspensos do beiral da casa onde eu nasci. Era a hora em que já sobre o feno das eiras Dormia quieto e manso o impavido lebréu. Vinham nos das montanhas as canções das ceifeiras, Como a alma d'um justo, ia em triumpho ao céo!... E, mãos postas, ao pé do altar do teu regaço, Vendo a lua subir, muda, alumiando o espaço, Eu balbuciava a minha infantil oração, Pedindo a Deus que está no azul do firmamento Que mandasse um allivio a cada soffrimento, Que mandasse uma estrella a cada escuridão. Por todos eu orava e por todos pedia. Pelos mortos no horror da terra negra e fria, Por todas as paixões e por todas as magoas... Continue reading book >>
|
Genres for this book |
---|
Literature |
Poetry |
eBook links |
---|
Wikipedia – Abílio Manuel Guerra Junqueiro |
Wikipedia – A Velhice do Padre Eterno |
eBook Downloads | |
---|---|
ePUB eBook • iBooks for iPhone and iPad • Nook • Sony Reader |
Kindle eBook • Mobi file format for Kindle |
Read eBook • Load eBook in browser |
Text File eBook • Computers • Windows • Mac |
Review this book |
---|