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A Vista Alegre: apontamentos para a sua historia By: João Augusto Marques Gomes (1853-1931) |
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APONTAMENTOS PARA A SUA HISTORIA POR J. A. MARQUES GOMES SOCIO CORRESPONDENTE DO INSTITUTO DE COIMBRA E DAS SOCIEDADES DE GEOGRAPHIA DE LISBOA E PORTO PORTO TYP. COMMERCIO E INDUSTRIA 22, Rua do Corpo da Guarda, 22 1883 A VISTA ALEGRE APONTAMENTOS PARA A SUA HISTORIA POR J. A. MARQUES GOMES SOCIO CORRESPONDENTE DO INSTITUTO DE COIMBRA E DAS SOCIEDADES DE GEOGRAPHIA DE LISBOA E PORTO PORTO TYP. COMMERCIO E INDUSTRIA 22, Rua do Corpo da Guarda, 22 1883 AO SENHOR Duarte Ferreira Pinto Basto Junior A menos de dois kilometros de Ilhavo e sobranceira ao braço da ria de Aveiro, que liga a chamada Calle da Villa com o Bôcco, fica a Vista Alegre. Quadra bem este titulo á risonha povoação em que um dos homens mais prestimosos e emprehendedores que Portugal tem conhecido no presente seculo, veio fundar a fabrica de porcelanas, que do local toma o nome. A Vista Alegre como povoação em si, tem tambem como o importante estabelecimento que a tornou conhecida tanto no paiz como no estrangeiro, uma historia sua de quem a lenda por mais d'uma vez se apossou já, deturpando a. Não nos cançaremos em lhe procurar a etymologia pois é fóra de duvida que o nome lhe proveio do formosissimo panorama, que a contorna, moldurando lhe o rosto gentil. Anteriormente á fundação da fabrica, a Vista Alegre não tinha fóros de povoação, era uma quinta apenas. Um templo formosissimo e uma casa modesta que servia de habitação aos proprietarios da quinta, eram os unicos edificios, que ali existiam, e isto ainda no primeiro quartel do seculo XIX. A fundação d'um tão bello templo, como é o de Nossa Senhora da Penha de França, n'um sitio tão ermo, como era a Vista Alegre, fez com que muitos principiassem a architectar romances mais ou menos verosimeis. Imaginaram se desterros e deportações, e bem assim fofo ninho de criminosos amores d'um prelado illustre com uma dama de elevado nascimento e freira professa n'um dos conventos de Lisboa. Não longe da Vista Alegre, a um kilometro para o sul, fica o antigo logar da Ermida, villa e concelho até 1834 a quem D. Manoel deu foral em 8 de junho de 1514. N'esta povoação houve um praso, cuja origem data de seculos, tendo por cabeça uma grande quinta denominada o Paço da Ermida. Este praso e quinta andava no senhorio dos Mouras Manoeis, familia muito illustre, pois trazem a sua descendencia de D. Branca de Sousa, filha de Lopo Dias de Sousa, grão mestre da Ordem de Christo. Alguns escriptores teem confundido a quinta da Ermida com a da Vista Alegre, e affirmado que foi seu proprietario o bispo de Miranda, D. Manoel de Moura Manoel. Nem a quinta da Vista Alegre já foi conhecida por quinta da Ermida, nem tão pouco aquelle prelado foi dono de qualquer d'ellas. É fóra de duvida que D. Manoel de Moura Manoel vinha frequentes vezes passar alguns dias e ás vezes, mezes até, á quinta da Ermida, que conjunctamente com o praso do mesmo nome pertencia a seu irmão primogenito Ruy de Moura Manoel. Durante a sua estada aqui, travou relações com o proprietario da quinta da Vista Alegre, o Dr. Manoel Furtado Botelho, relações que se foram tornando cada vez mais intimas de sorte que passados annos edificou em terrenos dependentes da mesma quinta a Capella de Nossa Senhora da Penha de França... Continue reading book >>
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