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A viagem da Índia poemeto em dois cantos   By: (1848-1920)

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A VIAGEM DA INDIA

Poemeto em dois cantos

por

FERNANDES COSTA

A VIAGEM DA INDIA

JUSTIFICAÇÃO DA TIRAGEM

3 exemplares em papel de linho branco nacional 1:000 em papel de algodão de 1.^a qualidade

QUARTO CENTENARIO DO DESCOBRIMENTO DA INDIA

CONTRIBUIÇÕES

DA

SOCIEDADE DE GEOGRAPHIA DE LISBOA

A VIAGEM DA INDIA

Poemeto em dois cantos

POR

FERNANDES COSTA

LISBOA

IMPRENSA NACIONAL

1896

A

Luciano Cordeiro

O INICIADOR E INCANÇAVEL PROPUGNADOR DO MODERNO MOVIMENTO GEOGRAPHICO PORTUGUEZ

CANTO PRIMEIRO

A IDA

CANTO PRIMEIRO

A IDA

I

Onde vae, Tejo em fóra, a lusa armada?.. Naus altivas, possantes caravelas! Vae em busca da India enfeitiçada, Sobre as ondas azues, pandas as vélas.

II

E quem é, que essa gente assim conduz A cumprir o prodigio nunca visto? Accesa levam n'alma a viva luz Da fé, e nos pendões a cruz de Christo!

III

Mas já vão longe as quatro embarcações... Parecem quatro pombas a voar, Em demanda de ignotas vastidões, Onde vão novo ninho edificar.

IV

Romeiros da romagem longa e vaga, Que nova Terra Santa, ao longe, alveja? Deus vos leve, romeiros, Deus vos traga, E a vossa obra, eterna e benta seja!

V

Mas nas ondas o sol vae descaíndo, E quando o manto placido e sidereo Da noite, o céu cobriu e o mar infindo... Perdeu se a lusa armada no mysterio.

VI

Nenhuns olhos humanos a seguiam; Espantadas, porém, da audaz empreza, No céu alto, as estrellas repetiam: «Vae ali a fortuna portugueza!»

VII

E aquella, que apontando sempre o norte, Sobre a cupula movel, firme está, Dizia: «Raça ousada! raça forte! Dentro em pouco, outra irmã vos guiará!»

VIII

E, dentro em pouco, respondendo ao voto Da irmã polar... lá vem surgindo a chamma, Sobre as ondas ignotas, astro ignoto, A divina Akher Nahr , fanal do Gama!

IX

Porém, agora, que mysterio summo!.. Já sobre o Carro se condensa um véu; O mar o engole, quando ao alto, a prumo, Anda o Centauro percorrendo o céu!

X

E, emquanto a Hydra vem subindo, enorme, Não baixa já, mas demandando a altura, Longe o Dragão , retorso e desconforme, Busca do mar a fria sepultura.

XI

Depois, na vaga, a Cassiopêa tomba, E nascem estrellas, que ninguem conhece! Lá vem do Sul, a remontar, a Pomba , Quando ao norte, Cepheu desapparece.

XII

Da armada a gente, a vista leva immersa, Com pasmo natural, que não surprende, N'aquella nova cúpula diversa, Que sobre mar e terra a noite extende.

XIII

Ergue se, agora, da longinqua esphera, Ó Cruz maravilhosa e deslumbrante! O symbolo christão, que n'alma impera, Não vista, mas cantada pelo Dante!

XIV

E ao passo que ante os olhos vão surgindo Os segredos, que guarda a immensidão, Dir se ía, que da treva está saíndo, Á voz de Deus, segunda creação!

XV

E por todo o estrellado firmamento, De cada estrella, esta pergunta cáe: «Quem viu tal aventura, tal portento? D'onde vem esta gente, e aonde vae?»

XVI

No emtanto, os rudes peitos temerarios, Dentro das naves, perguntando vão: «Astros novos, propicios ou contrarios, Estes astros do céu, que estrellas são?»

XVII

Onde vae, mar em fóra, a lusa armada?... Continue reading book >>




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