Ao de Leve By: Manuel de Brito Camacho
"Ao de Leve" by Manuel de Brito Camacho is a beautifully written novel that delves into the complexities of human relationships and the impact of the past on the present. The story follows the lives of three friends who are brought back together after years of separation, forcing them to confront the secrets and lies that have shaped their lives. Camacho's prose is elegant and evocative, drawing the reader into the emotional journey of the characters. The novel seamlessly weaves together the past and present, creating a rich tapestry of memories and experiences that culminate in a powerful and satisfying conclusion. The characters are well-developed and relatable, each struggling with their own demons and insecurities. The dynamics between the friends are authentic and nuanced, adding depth to the narrative and highlighting the complexities of friendship and forgiveness. Overall, "Ao de Leve" is a poignant and thought-provoking novel that will resonate with readers long after they have finished reading. Camacho's storytelling is masterful, offering a compelling exploration of love, loss, and redemption. I highly recommend this book to anyone looking for a compelling and emotionally resonant read. First Page: AO DE LEVE Composto e impresso na Imprensa de Manuel Lucas Torres Rua do Diario de Noticias, 93 BRITO CAMACHO Ao de leve 1913 Livraria Editora GUIMARÃES & C.ª 68, Rua do Mundo, 70 LISBOA O estudante que hontem, no Rocio, foi attingido por uma bala na cabeça, já falleceu. (Dos jornaes). Como não havia de adoral o, se era seu filho unico! Para mais, elle era o retrato vivo do pae, com todas as qualidades e todos os defeitos se um filho póde ter defeitos para a mãe que o estremece! Ficára com elle nos braços, viuva pela maior das fatalidades, quando ainda não tinham seccado de todo as flores de laranjeira que lhe tinham posto no cabello no dia do seu casamento, e nas suas faces havia ainda um pouco do rubor intenso com que as haviam tingido os beijos loucos que elle lhe dera, já seu marido, ao voltarem da Egreja. Annos e annos chorára a sua viuvez, e mesmo quando o filho lhe extendia os bracitos gordos, muito risonho, as suas lagrimas não estancavam. Mas o sau pranto já não era só de dor; a desgraça ainda lhe escaldava a garganta com soluços que lhe vinham do coração, mas já lhe nimbava a alma a promessa d'uma felicidade remota. No filho via o marido era como se dentro de um tumulo assistisse ao esplendor d'uma aurora... Continue reading book >>

Ao de Leve By: Manuel de Brito Camacho

"Ao de Leve" by Manuel de Brito Camacho is a beautifully written novel that delves into the complexities of human relationships and the impact of the past on the present. The story follows the lives of three friends who are brought back together after years of separation, forcing them to confront the secrets and lies that have shaped their lives.

Camacho's prose is elegant and evocative, drawing the reader into the emotional journey of the characters. The novel seamlessly weaves together the past and present, creating a rich tapestry of memories and experiences that culminate in a powerful and satisfying conclusion.

The characters are well-developed and relatable, each struggling with their own demons and insecurities. The dynamics between the friends are authentic and nuanced, adding depth to the narrative and highlighting the complexities of friendship and forgiveness.

Overall, "Ao de Leve" is a poignant and thought-provoking novel that will resonate with readers long after they have finished reading. Camacho's storytelling is masterful, offering a compelling exploration of love, loss, and redemption. I highly recommend this book to anyone looking for a compelling and emotionally resonant read.

First Page:

AO DE LEVE

Composto e impresso na Imprensa de Manuel Lucas Torres Rua do Diario de Noticias, 93

BRITO CAMACHO

Ao de leve

1913 Livraria Editora GUIMARÃES & C.ª 68, Rua do Mundo, 70 LISBOA

O estudante que hontem, no Rocio, foi attingido por uma bala na cabeça, já falleceu.

(Dos jornaes).

Como não havia de adoral o, se era seu filho unico!

Para mais, elle era o retrato vivo do pae, com todas as qualidades e todos os defeitos se um filho póde ter defeitos para a mãe que o estremece!

Ficára com elle nos braços, viuva pela maior das fatalidades, quando ainda não tinham seccado de todo as flores de laranjeira que lhe tinham posto no cabello no dia do seu casamento, e nas suas faces havia ainda um pouco do rubor intenso com que as haviam tingido os beijos loucos que elle lhe dera, já seu marido, ao voltarem da Egreja.

Annos e annos chorára a sua viuvez, e mesmo quando o filho lhe extendia os bracitos gordos, muito risonho, as suas lagrimas não estancavam. Mas o sau pranto já não era só de dor; a desgraça ainda lhe escaldava a garganta com soluços que lhe vinham do coração, mas já lhe nimbava a alma a promessa d'uma felicidade remota. No filho via o marido era como se dentro de um tumulo assistisse ao esplendor d'uma aurora... Continue reading book >>

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