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Salmos do prisioneiro   By: (1859-1936)

Book cover

"Salmos do prisioneiro" by Jaime de Magalhães Lima is a powerful collection of poetry that delves into themes of isolation, confinement, and the human spirit. The poems are raw, emotional, and deeply moving, giving readers a glimpse into the inner thoughts and feelings of a prisoner grappling with despair and longing for freedom.

Lima's language is both lyrical and stark, painting vivid imagery that manages to evoke a sense of both pain and beauty. The poems are filled with rich symbolism and metaphors that invite readers to contemplate the complexities of the human condition.

Overall, "Salmos do prisioneiro" is a haunting and poignant exploration of the human psyche, and an ode to the resilience of the human spirit in the face of adversity. Lima's poetry will resonate with readers who appreciate introspective and thought-provoking literature.

First Page:

JAIME DE MAGALHÃES LIMA

SALMOS DO PRISIONEIRO

COIMBRA.

F. FRANÇA AMADO, EDITOR.

Salmos do Prisioneiro

Composto e impresso na Tipografia F. França Amado, rua Ferreira Borges, 115 Coimbra.

Jaime de Magalhães Lima

Salmos do Prisioneiro

COIMBRA

F. FRANÇA AMADO, EDITOR

1915

Mentiu me a liberdade, foi blasfemia! Foi engano, foi ilusão, e atraiçoou me, atraiçoando a fé que me dá a vida!

Vou levado de rastos neste mundo, guerreiro que nasci para ser vencido. Se movo o braço para combater por sonhos arrojados que o levantem, logo o sujeitam e mo fazem escravo as prisões de que em vão tento livrar me prisões de amor, abençoado carcere, onde sofre e se alegra o coração, onde se humilha prêso a toda a terra e onde se exalta erguido a céus eternos e ao Deus que rege a terra e rege os céus.

A piedade, a dôr, remorso e fé, perdão, esperança, a esmola e a contricção, e a ilusão e a mágoa e o desengano, tremores da consciência que dúvida, as lágrimas de afecto e aquelas outras, candentes e de fogo, em que o êrro chorou arrependido; e o silêncio, que eu temi, que eu amei e que busquei para todo me entregar ao seu poder; e a mudez que diz mais que a voz mais alta, e a sedução da morte, quanto anseio a minha alma pressentiu; e quanta formosura nos afaga e quanta sombra nos aterra e prostra, a água clara do regato límpido, a luz do dia, a verdura do prado, e toda a austeridade da montanha, severa, grande e rude, imperturbável, e o inflamado terror da tempestade, e o mar e as suas ondas tormentosas, e os pômos rescendentes de perfume; a rosa, e a criança; e os olhos que fascinam; e a graça que incarnou na juventude, e a nobreza que é a graça de velhice: venceram me, prenderam me!... Continue reading book >>




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