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Floresta de varios romances By: Various |
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FLORESTA DE VARIOS ROMANCES COLLIGIDOS POR THEOPHILO BRAGA Transformações do romance popular do seculo XVI a XVIII Romances com
forma litteraria dos cultistas portuguezes Romances da Historia de
Portugal, tirados das Collecções hespanholas. PORTO
Typ. da Livraria Nacional
2, Rua do Laranjal, 22
1869
FLORESTA DE ROMANCES FLORESTA DE VARIOS ROMANCES POR THEOPHILO BRAGA Vimos rir, vimos folgar,
Vimos cousas de prazer,
Vimos zombar e apodar,
Motejar, vimos trovar
Trovas que eram para lêr. GARCIA DE REZENDE. PORTO
Typ. da Livraria Nacional
Rua do Laranjal, 2 a 22
1868
TRANSFORMAÇÕES DO ROMANCE POPULAR
SECULO XVI A XVIII Os romances genuinos da tradição oral do povo foram pela primeira vez
recolhidos na Silva de varios , em 1550, tendo sido anteriormente
glosados pelos poetas cultos hespanhoes da corte de João II e Henrique
IV; no seculo XVI receberam uma fórma litteraria, dada por Lope de Vega,
Gongora, Fuentes, Lasso de la Vega, Juan de la Cueva e outros. O mesmo
facto se deu em Portugal: Gil Vicente, Bernardim Ribeiro, Jorge Ferreira
de Vasconcellos, Francisco Rodrigues Lobo, Dom Francisco Manoel de Mello
e Balthazar Dias, glosam e imitam os romances populares, já cantando os
feitos da nossa historia, já as façanhas da guerra de Troya e de Roma,
da Tavola Redonda e de Carlos Magno. Convinha colligir estas flores
dispersas, por onde se mostra que o movimento litterario operado em
Portugal no seculo XVI e XVII era analogo ao de Hespanha; sem ellas o
Cancioneiro e Romanceiro geral portuguez seriam uma obra truncada e
imperfeita. Não se póde conhecer a litteratura portugueza ignorando as phases das
litteraturas da edade media da Europa. Como a formação das linguas, do
direito, da religião e das instituições sociaes, nenhum facto faz sentir
mais do que a litteratura a unidade de raça dos povos neo latinos. Quasi
todas as transformações que experimentaram as litteraturas italiana,
franceza, hespanhola e provençal, quer na forma das primeiras poesias,
nas novellas cavalheirescas, nas Chronicas ou nos contos decameronicos,
no romance popular ou no sentimento da natureza despertado pela
Renascença, tudo, abertamente o sustentamos, se encontra, mais ou menos
rudimentarmente, na litteratura portugueza. Foi a poesia dos jograes que
soltou os dialectos neo romanos da sua gaguez pelo canto; em Portugal
vemos tambem que os primeiros monumentos linguisticos são em verso,
essas canções dos seculos XII e XIII, que os criticos não tem sabido
avaliar. Como conclusão dos estudos sobre a poesia popular portugueza, parecerá
que este povo não tem uma poesia privativamente sua, filha espontanea do
seu genio. As creações epicas que aí ficam nos romances colhidos da
bocca do povo acham se, é verdade, com alterações accidentaes nos
Romanceiros hespanhoes. Devemo nos desgostar com a falta de
originalidade? Deveriamos abandonar a missão de recolher essas
venerandas reliquias, por isso que não ha n'ellas uma feição propria? Os
romances pertencem ao povo hespanhol pela fatalidade da raça e pelo
estado social que os produziu. Não sômos nós do mesmo sangue, do mesmo
tronco celtibero? não soffremos nós as mesmas modificações no cadinho da
edade media da Europa? O facto de apparecerem os romances
cavalheirescos hoje em hespanhol é devido a uma circumstancia
material, á curiosidade dos livreiros de Sevilha, Saragoça e Anvers;
entre nós não se curou d'isso, mas nem por isso o povo portuguez deixou
de cantar e poetisar as suas tradições... Continue reading book >>
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